
Domingo no Circuito de Magny-Cours-França, acontecerá a 11ª rodada do Campeonato Mundial de SBK. E teremos rodada cheia com as 4 categorias na pista (SBK, SSP600, SSP300 e STK1000), sendo que a SSP300 e STK1000 farão as suas despedidas da temporada/2018. Os dois campeonatos são disputados apenas nos países da Europa, e as próximas etapas acontecerão na América do Sul (Argentina) e Oriente Médio (Catar), que receberão as categorias SBK e SSP600.
STK1000: os companheiros de equipe Markus Reiterberger-ALE (140pts) e Roberto Tamburini-ITA (122pts), travam a batalha pelo título do Campeonato Europeu de SuperStock1000. Quem vencer ficará para a posteridade como o último campeão da categoria. As mudanças nos regulamentos técnicos do Campeonato Mundial de Superbike, diminuindo custos entre outros, eram bem claras quanto ao fim da categoria.

Uma pena porque essa modalidade nos dava uma noção mais próxima da realidade sobre qual produto de fábrica era melhor. Essa era a finalidade da SBK qdo foi criada, um campeonato com motos de produção. Mas devido o grande sucesso da MotoGP, a SBK foi permitindo a introdução de novas tecnologias, peças, isso foi aumentando os custos e hj podemos chamar as motocas da SBK de verdadeiros protótipos.
Assim, sobrou para a categoria STK1000 a responsabilidade em fazer esses duelos entre fábricas. Porém, o interesse na modalidade foi ficando cada vez menor, não sei se por falta de uma boa administração, enfim, em 2018, ela mostrava sinais de que a morte estava próxima, várias corridas com menos de 20 participantes registrados.
Nesses anos, foram duas mudanças de denominação. Criada em 1999 como “Campeonato Europeu”, já em 2004 tornou-se “Copa FIM”. No ano passado, devido ao encerramento do Campeonato Europeu de SBK, virou “Campeonato Europeu Super Stock 1000”. Só durou dois anos, já que em 2019 ela não fará mais parte da composição da WorldSBK. Abaixo a relação dos últimos campeões na categoria STK1000.
2017 | Michael Ruben Rinaldi | Italia | Ducati |
2016 | Raffaele De Rosa | Italia | BMW |
2015 | Lorenzo Savadori | Italia | Aprilia |
2014 | Leandro Mercado | Argentina | Ducati |
2013 | Sylvain Barrier | Francia | BMW |
2012 | Sylvain Barrier | Francia | BMW |
2011 | Davide Giugliano | Italia | Ducati |
2010 | Ayrton Badovini | Italia | BMW |
2009 | Xavier Simeon | Bélgica | Ducati |
2008 | Brendan Roberts | Australia | Ducati |
2007 | Niccolò Canepa | Italia | Ducati |
2006 | Alessandro Polita | Italia | Suzuki |
2005 | Didier Van Keymeulen | Bélgica | Yamaha |
2004 | Lorenzo Alfonsi | Italia | Yamaha |
2003 | Michel Fabrizio | Italia | Suzuki |
2002 | Vittorio Iannuzzo | Italia | Suzuki |
2001 | James Ellison | Gran Bretaña | Suzuki |
2000 | James Ellison | Gran Bretaña | Honda |
1999 | Karl Harris | Gran Bretaña | Suzuki |
Nas 600cc as mudanças também aconteceram, primeiro o fim do European Superstock 600 em 2015. Um ano depois, o adeus da Copa Júnior Européia, que foi imediatamente compensado com a chegada do Campeonato Mundial de Super Sport 300.
A Dorna, está trabalhando para que a SBK fique cada dia mais parecida com sua irmâ MotoGP, apenas 3 categorias de classe mundial: WorldSBK, Super Sport (SSP600) e a Super Sport 300(SSP300).
E se Carmo Ezpeleta (Dorna) conseguiu amolecer a Honda que era contra diminuir custos, a ECU (central unica), entre tantas coisas, acho que ele não terá problemas em fazer o mesmo na SBK, amolecendo nesse caso a Kawasaki, que é quem mais investe na categoria. E investe muito.
Muitas reuniões estão acontecendo, e NÃO…….o fato do JRea01 “não ser carismático” tá longe de ser o problema pelo baixo interesse do público.
Que venham novas mudanças.